21 abril 2016

Por que sou Contra o Impeachment, e o Poema que previu tudo

Sou um homem de posições. Abomino o "ficar em cima do muro", a prática covarde dos "amigos de todos", que, como se diz, não são amigos de ninguém. E, quando devo tomar uma posição, antes analiso quem está de um lado e quem está de outro. Claro que não é só isso que me levará a decidir. Mas ajuda bastante.  Infelizmente, a minha real visão política, já não pode mais ser implementada na civilização. 

Sou contra governos, sou um anarquista. E o verdadeiro anarquismo não é sinônimo de caos ou bagunça, é antes de consciência e liberdade individual. Mas hoje é uma utopia. Sendo assim, governos existem, e devemos nos posicionar dentro dos governos. Nesse sentido, sou totalmente antidireitista. E tenho, portanto, posições esquerdistas, embora não concorde com muita coisa dentro da esquerda. Ser de esquerda, não significa ser comunista, como pensam muitos que não aceitam posicionamentos contrários ao seu: "se é de esquerda é comunista." Isso não só é preconceituoso como é de uma ridícula ignorância. Ser de esquerda, no meu entender, é ser a favor das minorias menos favorecidas e a favor dos avanços sociais com humanidade, não com exploração. 


No caso do Impeachment, sendo golpe ou não, sempre me posicionei contra. Não por morrer de amor pela Dilma, mas por considerar muito pior colocar Temer e o PMDB no governo. E duvido, com toda força da dúvida, que Temer convoque novas eleições. E muito menos será "impedido" também. E esse meu posicionamento foi confirmado quando analisei quem estava votando A FAVOR do impeachment:

- Bolsonaros e outros estúpidos pregadores de crimes contra o ser humano, que deveriam estar atrás das grades.


- Fanáticos religiosos exploradores do desespero de um povo ignorante e acomodado, enriquecendo "em nome de Deus".

- Corruptos praticamente declarados, deslavados, caricatos, que num dia gritavam, choravam pelo "fim da corrupção" e no outro tinham a polícia em sua casa devido a essa mesma corrupção.

- Homens como Luis Carlos Heinze, que expressou abertamente, e foi apoiado, todo o seu ódio por negros, índios e homossexuais.

- Homens como Paulo Maluf, um ícone da roubalheira e da impunidade no Brasil.

- Defensores da perda de direitos do trabalhador, que votaram pela terceirização, pela destruição ambiental para favorecer empresas, que votaram pelo financiamento privado de campanha, que votaram pela isenção de impostos das igrejas, que votaram para favorecer os que querem plantar mais transgênicos e com mais agrotóxicos, que votaram pelo perdão de multas de grandes empresas...

Toda essa gente votou a favor do impeachment. Então, sou contra.

Além do mais, descobri que sou profeta, Três dias antes do impeachment, escrevi um poema que previa tudo:

aos Homens de Bem

tantos que se julgam grandes
mas não passam de bananas
e do mesmo cacho

tantos que se julgam rochas
mas não passam de farinha
e do mesmo saco

tantos que se levam a sério
mas não passam de balela
e de esculacho

tantos que desejam aplausos...
pois bem: palmas
a seu circu(lo) de palhaços


3 comentários:

Franciéle Romero Machado disse...

Também sou contra o impeachment, pois não vejo razão para ocorrer uma troca, visto que foi feito um processo democrático e muitos querendo ou não, vence a opinião da maioria. Não sou de nenhum partido, mas como você não entendo as pessoas que apoiam corruptos de seu partido e dizem que depois vão tirá-los...Assim é duvidar da nossa inteligência. Além disso, acredito que Temer e Cunha não terão compromisso para a nação e sim irão suprir os interesses de deputados e apoiadores deles.

Gostei dos versos, pois eles trazem a realidade e encaixa-se dentro do atual momento na história do Brasil!

Abraços e uma boa noite!

Ana Bailune disse...

Sou favorável ao impeachment, pois acho este governo o pior que já existiu. Pior até do que nos tempos da ditadura, embora eu não defenda a tortura. Porém, não acho necessário tornar-me inimiga de quem pensa o contrário.
Não tenho ilusões sobre nossos políticos, mas às vezes, o mal pode servir ao bem, ou seja, ladrão que rouba ladrão...

Weimar Donini disse...

Concordo contigo na questão "impedimento". Tal remédio, previsto em lei é para casos comprovados de desvios. A presidente pode ter desviado, tirado da saúde para colocar em casas populares, tirado de algum lugar para colocar em outro mais carente na sua visão. Mas desviar para enriquecimento próprio ou de grupos? Não me parece que tenha havido. Pelo menos em grande montante, como estamos secularmente acostumados a ver. Ademais, não lembro de ter "sobrado" tantos recursos que bancassem o país junto a organismos internacionais. Dependência do FMI Alguém ainda lembra? O pessoal tem memória curta! Dependência do Banco Mundial? Alguém minimamente conhecedor, ainda vê? A turma confunde o sistema presidencialista com o parlamentarista. No Brasil vige o presidencialismo. Foi amplamente majoritário em plebiscitos. No sistema presidencialista escolhe-se o presidente, os governadores, os prefeitos para representar-nos por "prazo certo". Quer dizer, o prazo é de 4 anos. Doa a quem doer. Não gostou, não está achando bom, está descontente? Não importa. Não interessa! A maioria escolheu, está escolhido. Esta história de 3º turno não existe. É tentativa de golpe à paraguaia. Que aprendam a votar direito. Votar num dia e arrepender-se no outro não serve para a política, serve só para casamentos.
É o que acho.